ADESÃO À NUVEM CRESCE, MAS E A SEGURANÇA?

21/12/2023

Hoje a tecnologia é indispensável e, praticamente, define a forma como vivemos em sociedade. Com a nuvem é fácil para qualquer usuário armazenar informações e arquivos pessoais em espaços quase que ilimitados, seja pelo seu celular, computador ou em um datacenter.
O Manual de Tendências do Gartner para 2024 prevê um aumento no uso de nuvem pública. De acordo com este instituto, os gastos globais dos usuários finais com serviços de Nuvem Pública devem chegar a US$ 678,8 bilhões em 2024. Esse valor representaria um aumento de 20,4% em comparação com os US$ 563,6 bilhões registrados em 2023.
O movimento rumo à nuvem se dá principalmente pela sua escalabilidade, pois oferece a infraestrutura necessária para tecnologias, aplicações e serviços que demandam disponibilidade, processamento e armazenamento. Em um cenário de expansão da nuvem, temos que ter o cuidado redobrado com a cibersegurança, pois qualquer deslize será aproveitado pelos cibercriminosos, trazendo prejuízos financeiros e de reputação.

Estes danos, de acordo com as previsões da McKinsey & Company, devem alcançar o valor de U$ 10,5 trilhões em 2025, o que reforça a necessidade de investimentos em termos de segurança da informação. No Brasil, um recente estudo da Forrester encaminhado pela Tenable mostra que 8 de cada 10 líderes de segurança cibernética e de TI apontam a nuvem como sua maior fonte de risco.

Como manter as informações seguras na nuvem?
Para que tenhamos maior êxito no combate ao cibercrime será necessário empregar soluções que tragam maior visibilidade às equipes de segurança. Acredito que 2024 possa ser o ano para isso. Destaco três pontos principais que podem trazer melhorias positivas na segurança em cloud.

Visibilidade: ponto principal de defesa
Só conseguimos prevenir aquilo que enxergamos. É comum ver empresas que não têm inventário completo e não conhecem a quantidade de ativos físicos e digitais presentes na rede, muito menos em quais ambientes os servidores estão posicionados. Creio que, com a preocupação com o número crescente de ataques
virtuais perigosos, haverá uma maior procura por soluções que consigam avaliar a superfície total de ataques e essa análise possibilitará que as empresas possam priorizar o que deve ser remediado primeiro.

O maior uso dessas ferramentas será um passo vital para alcançar um método de segurança preventivo, que é indispensável na luta contra o cibercrime. Porém, o outro lado da moeda, é que os atacantes também contarão cada vez mais com essas ferramentas e a expertise para dissecar o panorama geral de exposição, encontrando posições seguras para deslocamentos estratégicos no mesmo ambiente.

Segurança em nuvem
O Manual de Previsões do Gartner também revelou que 80% dos CIOs em escala global pretendem aumentar os investimentos com segurança cibernética da informação. Com isso, veremos um aumento na demanda por soluções de segurança em nuvem.
Arquitetos da nuvem integrados com segurança
Acredito que em 2024 iremos ver a maior aproximação e integração dos profissionais dedicados à arquitetura de nuvem com as equipes de segurança. Isso se dará possivelmente pela peculiaridade de cada ambiente – pois requer um profissional que entenda como funciona a superfície para que a segurança possa ser feita de forma efetiva. A combinação da expertise dos arquitetos com as soluções de segurança, poderá proporcionar melhora contínua nas defesas das companhias, sem frear o desenvolvimento tecnológico.

Apesar de 2023 ter sido recheado de ataques, vazamentos e ameaças, acredito que os próximos meses possam representar maior adoção de segurança, com crescimento no uso de soluções de defesa, principalmente de gestão de exposição virtual. Mas para atingirmos uma mudança de mindset dos tomadores de decisão para uma cultura de proteção preventiva – vejo que ainda temos um caminho a percorrer.

Por: https://www.tecmundo.com.br/