A broca-da-cana é uma mariposa da espécie Diatraea saccharalis, que está presente em todo o Brasil e causa grandes prejuízos na cultura da cana-de-açúcar, afetando a produtividade do canavial e também a qualidade da produção de açúcar e etanol. Os primeiros sintomas ocorrem no terceiro mês após o plantio ou logo depois do corte da cana, durante a formação dos internódios (gomos). Estes sintomas podem ser percebidos quando a cana está na fase de broto ou na fase de perfil aho. A principal alteração é o secamento das folhas, já que o inseto causa a morte das células na gema apical, que são responsáveis pela multiplicação e crescimento da cana. Quando as células morrem, o processo de crescimento é interrompido.
A praga infecta a planta quando ainda está no e stágio larval. A fêmea adulta coloca os ovos nas folhas, onde ficam encubados de quatro a nove dias. Quando os ovos eclodem, as lagartas penetram no colmo e constroem galerias – essa é a fase de maior duração, que vai de 40 a 60 dias. O ciclo total da praga dura até 90 dias, sendo comum à ocorrência de 4 a 5 gerações nas lavouras por ano.
O desenvolvimento da broca-da-cana é favorecido por altas temperaturas e grande quantidade de chuva, principalmente na primavera e no verão.
O maior dano é no interior do colmo, onde o inseto se aloja para se alimentar dos tecidos da planta. Ao escavar as galerias, a broca-da-cana interfere na produção e no teor de açúcar. Além disso, a praga também facilita a penetração de fungos nos colmos abertos, que causam a podridão vermelha.
A principal forma de realizar o manejo integrado da broca-da-cana é com o controle biológico, mas deve ser usado de forma preventiva.
Por:.agro.bayer.com.br