Furacão deixa escapar vitória nos acréscimos, mas mostra competitividade novamente em mata-mata. Athletico visita o Flamengo na quarta, no Maracanã, por vaga na final
O Athletico saiu atrás, teve forças para virar e foi castigado no último lance no empate em 2 a 2 com o Flamengo, na Arena da Baixada. Mesmo sem vantagem, o Furacão mostrou que encontrou caminhos para o jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil, na semana que vem.
Os melhores momentos atleticanos foram ao pressionar a saída de bola flamenguista, desarmar o adversário no campo de defesa e ganhar a maioria dos combates no meio-campo.
É bem verdade que o Fla sabe jogar em transição e, se escapar da pressão com espaço, tem nesse tipo de jogo uma forma comum nas vitórias da temporada. Mas, sem Arrascaeta e Bruno Henrique, a qualidade diminui. Não muito, mas cai.
Dessa forma, com aplicação e também superação, o Athletico tem possibilidade de chegar à terceira final da história na competição. Ainda mais para um time que tem se acostumado a saber atuar em jogos grandes nos últimos anos. A presença na semifinal e na final da Sul-Americana reforça essa força.Repetir essa atitude e comportamento. A mudança de bloco, time compacto e a forma de encurtar o adversário. Conseguimos anular essa construção deles— Alberto Valentim, em entrevista coletiva
Sem Richard e Christian, suspensos, o treinador rubro-negro escalou Erick e Léo Cittadini no meio-campo. Erick, inclusive, já vinha sendo titular da equipe, enquanto Richard agora deve rescindir o contrato por ato de indisciplina.
No ataque, Bissoli ficou de fora por já ter atuado na competição pelo Cruzeiro. Substituto natural, Renato Kayzer assumiu a posição de centroavante.
O Furacão começou com um estilo agressivo e marcava o Flamengo em seu campo no 3-4-3 e, quando o adversário passava do meio, no 5-2-3. A equipe desarmou três bolas perto da área em menos de 10 minutos, mas não aproveitou a brecha. Apenas Nikão chutou por cima do gol.
Aos poucos, o Flamengo conseguiu se soltar e acionar seus atletas na construção. O gol, contudo, saiu na bola parada. Andreas bateu, Léo Pereira cabeceou para trás, e Gabigol finalizou – Thiago Maia estava no caminho, ajeitou no susto e marcou, com 14. O lance foi revisado pelo VAR por possível impedimento e confirmado – Pedro Henrique dava condição.
Atrás do placar, o Athletico viu o time carioca rodar a bola com paciência e ficou correndo atrás por uns 10 minutos. Gabigol, em chute de fora da área, e Arão de cabeça, obrigaram Santos a trabalhar e evitar uma vantagem maior.
O time atleticano tentava alargar o campo com jogadores bem abertos para encontrar espaços: não conseguiu e apareceu através de escanteio, em uma cabeçada de Erick que parou em Diego Alves.. A equipe, então, voltou a subir a marcação na reta final, mas os chutes de Cittadini e Terans saíram pela linha de fundo.
A volta do intervalo não poderia ser mais favorável ao Athletico. Logo aos 2, após escanteio, Pedro Henrique subiu na frente de Léo Pereira e cabeceou forte para empatar.
O empate, contudo, acordou o Flamengo. Thiago Maia e Michael, duas vezes, tiveram boas chances dentro da área em menos de cinco minutos. E o ditado “quem não faz, toma” foi certeiro.
O Furacão, que não conseguia mais chegar ao ataque, teve um lance fatal para virar a partida. Abner cruzou perfeitamente para Kayzer, sumido no jogo, cabecear no canto de Diego Alves. Esse foi o quarto gol dele no torneio e é o vice-artilheiro, atrás de Hulk e Rigoni, com cinco.
A partir daí, com muita intensidade e força física, o Athletico praticamente não correu riscos e controlou o adversário. O Fla esbarrava na forte marcação no meio e parecia ciente que sairia com a derrota.
Até que, no último lance, Lucas Fasson cometeu pênalti infantil ao abrir o braço em Rodrigo Caio – ainda que seja mais uma prova da falta de critério da arbitragem brasileira. Dias antes, em lance parecido, não foi dado pênalti em Vitinho, do Mengo, contra a Cuiabá. Pedro aproveitou e converteu.Temos que qualificar a fase defensiva lá, corrigir algumas coisas. E ter um aproveitamento muito alto ofensivamente— Alberto Valentim
O Athletico volta a campo diante do Fortaleza no sábado, às 19h15, no Castelão, pela 28ª rodada da Série A.
Depois, o Furacão visita o Flamengo na quarta-feira, às 21h30, no Maracanã, pelo jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil.
Próximos jogos do Athletico ?️
- Fortaleza x Athletico: 23/10, sábado, 19h15 – Castelão
- Flamengo x Athletico: 27/10, quarta, 21h30 – Maracanã
- Athletico x Santos: 30/10, sábado, 17h – Baixada
Por: Guilherme Moreira